No nosso Brasil, falar sobre dinheiro é um dos maiores tabu. O questionamento “dinheiro não compra felicidade“, na maioria das vezes, ocorre durante o nosso tempo de colégio.
Você certamente, após o estudo feito na escola, definiu que, de fato, o dinheiro não compra a felicidade.
No entanto, na escola não deixaram claro qual é o significado de felicidade, não falava-se (ao menos na minha época) de depressão e/ou de ter objetivos.
Enfim, neste artigo vou falar sobre três pesquisas e no final, colocar a minha opinião (aproveite os comentários para comentar a sua, estou muito interessado em saber).
Indiferente se você é a favor da frase ou não – não podemos esquecer – o que mais importa como amor, amizade, parceria e semelhantes, o dinheiro não compra.
Ótima leitura!
Dinheiro compra felicidade – pesquisa do Professor Michael Norton
A primeira pesquisa mostra que a felicidade está em ajudar os outros.
O professor entregou dinheiro para um grupo de pessoas e pediu para que essas gastassem com elas, comprando o que queriam (bolsas, sapatos, cafés…).
Também entregou dinheiro para um outro grupo de pessoas, essas por sua vez, precisariam gastar o dinheiro com outras pessoas.
O valor monetário foi igualmente aos grupos, mas para as pessoas foi diferente, para algumas US$ 5, para outras US$ 20 e outros valores.
Atividades realizadas, vamos para as entrevistas.
O grupo do “dinheiro ao outro” afirmou que estava mais feliz enquanto o grupo do “dinheiro para si” demonstrou não se sentir mais feliz.
Com toda a certeza, nesse exemplo a diferença de quantidade monetária não fez diferença.
O Professor de Harvard Michael Norton descobriu como comprar a felicidade, segundo ele.
Ele também observou os ganhadores de mega sena e a opinião dos apostadores, por não conhecer essa felicidade, pensavam em como usufruir do dinheiro para si, dessa forma, perde o dinheiro e ainda, está com dívidas e sem felicidade.
Neste link, você verás um vídeo de 10 minutos do Professor explicando a pesquisa (em inglês).
Livro do Professor Michael Norton: Dinheiro Feliz. A Arte de Gastar com Inteligência
Dinheiro compra felicidade – pesquisa do Dr. Thomas Gilovich
A segunda pesquisa é do Dr. Thomas Gilovich, professor de psicologia da Universidade Cornell que estuda a questão da felicidade e do dinheiro há mais de 2 décadas.
Antes de mais nada, “um dos inimigos da felicidade é a adaptação“, segundo o doutor.
O Doutor Gilovich denota, após as pessoas conseguir cuidar dos seus gastos pessoais básicos, a felicidade está nas novas experiências.
Nós, na maioria das vezes, vamos atrás do carro ou celular do ano e, segundo ele, por se adaptar ao objeto, isso não gera felicidade.
“Compramos coisas para nos fazer felizes e obtemos sucesso. Mas só por um tempo. Coisas novas são emocionantes para nós a princípio, mas depois nos adaptamos a elas. ”
Dr. Thomas Gilovich
No entanto, quando vamos viajar, fazer uma atividade ao ar livre, visitar exposições de arte e/ou aprender uma nova habilidade, são experiências duradouras e você lembra-se delas.
O estudo foi feito entre Gilovich e outros no Paradoxo de Easterlin (estudo sobre a economia da felicidade) e foi definido que sim, há como comprar felicidade, mas até um certo ponto.
No experimento, percebeu-se que as pessoas que gastaram dinheiro com bem material, após um tempo, a satisfação diminui, enquanto a satisfação com experiências aumentou a felicidade.
Dinheiro compra felicidade – pesquisa do Paulo Piff
O Paulo Piff também estudou sobre a ligação entre dinheiro e felicidade.
Primeiramente, a felicidade está em 7 emoções consideradas cruciais:
- diversão;
- admiração;
- compaixão;
- contentamento;
- entusiasmo;
- amor;
- orgulho.
O contetamento e o orgulho são mais da própria pessoa, enquanto amor e a compaixão está mais ligada as outras pessoas.
Sobretudo, a pesquisa foi feita entre 1,5 mil adultos estadunidenses.
Após esses preencherem um formulário, foi constatado que:
As pessoas com mais dinheiro em sua conta bancária descreveram ter mais contentamento, orgulho e diversão, enquanto as pessoas com menos dinheiro alegaram mais amor, compaixão e admiração.
A saber, ambos os grupos concordaram ter o mesmo nível de entusiasmo.
Dessa forma, foi descoberto que as pessoas com poder aquisitivo maior buscam a felicidade derivada de suas próprias realizações.
E as pessoas com menor renda criam laços com pessoas com o intuito de lidar melhor com as circunstâncias menos favoráveis.
Isso pode fazer sentido, pois pessoas com mais dinheiro costumam não depender de outras pessoas.
Mais em science daily sobre a pesquisa.
Frases Dinheiro não compra felicidade
Dinheiro não compra felicidade, pobreza também não
Dinheiro não compra felicidade, mas compra coxinha
Dinheiro não compra felicidade, mas compra pão de queijo
Parei com comida, a intenção não é gerar vontade de comer.🙌
Dinheiro não compra felicidade, mas compra cerveja
Dinheiro não compra felicidade, mas compra vinho
Parei com bebida, a intenção não é gerar vontade de beber.😂
Dinheiro não traz felicidade, mas manda buscar
Discordo dessa frase por causa do dinheiro ser limitado para todos, mas, é abundante.
- Dinheiro não traz felicidade, mas a falta dele…
Nessa frase, há muitos assuntos que poderíamos falar. Pensa em quantas atividades você faz que gera felicidade sem custo ou com um custo baixo.
Dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a sofrer em Paris
Nem tem tom sarcástico nessa frase.
Dinheiro não traz felicidade, então me dê o seu e seja feliz
Há controvérsias, eu nunca vi alguém que fala a frase (dinheiro não traz felicidade) entregando o dinheiro para outra pessoa.
Dinheiro não traz felicidade, mas provoca uma sensação tão parecida
Depende de pessoa para pessoa. Com toda a certeza, precisamos nos conhecer mesmo cada vez mais.
Dinheiro não compra felicidade de ninguém
Pois é, também há controvérsias, você lembra do último café que outra pessoa te pagou?
Dinheiro não compra felicidade, mas compra viagem que é a mesma coisa
Concordo. rsrsrs
Dinheiro não traz felicidade pra quem não sabe usar
Há controvérsias. O que é saber usar?
Não saber usar é ter dívidas?
É não comprar ativos?
Dinheiro não traz felicidade, mas afasta a tristeza
Dinheiro não compra felicidade, mas destrói o caráter
Totalmente equivocada. O dinheiro potencializa quem você é.
Quem disse que dinheiro não compra felicidade
O dinheiro por si só não traz felicidade, mas usufruído da melhor forma, pode ser um ótimo remédio.
Quando alguém comenta a frase (dinheiro não compra felicidade), existe uma grande possibilidade dessa pessoa ter uma crença limitante, pensando que o dinheiro é o fim, porém, o dinheiro é o meio, meio para você conquistar praticamente tudo, inclusive a felicidade.
Dinheiro traz felicidade
Nada traz, tudo na vida você busca.
Para cair chuva, precisa subir água (evaporação). A vaca não dá leite, você precisa tirar…
Dinheiro não compra felicidade:
Para responder, você questiona-se o que é felicidade?
A depender de sua resposta, você pensa no que está te proibindo fazer mais disso.
Penso que a resposta está em tempo. Acertei?
Como você consegue comprar mais tempo?
Inegavelmente, isso é impossível.
No entanto, o dinheiro consegue render mais dinheiro, e um dia, você tem dinheiro suficiente para viver de renda, dos rendimentos desse dinheio e, então, “de certa forma”, você conseguirá ter comprado tempo.
Enquanto você pensar que dinheiro é limitado e não valorizar o seu tempo, não fará sentido você acumular dinheiro.
Minha opinião:
Acredito que cada pessoa precisa ter uma meta, caso contrário, qualquer caminho, qualquer coisinha a mais será suficiente. Se você não tiver caminho, qualquer caminho serve.
Os meus objetivos até hoje, todos eu precisei gastar dinheiro ou tempo, por isso que para mim, dinheiro compra felicidade e, conseguentemente, eu almejo alcançar a liberdade financeira.
Você já pensou como seria a sua vida caso o dinheiro fosse abundante?
Texto no Linkedin escrito por mim em 25/05/2020:
Antes de você começar a ler, pergunte-se: Dinheiro Compra Felicidade?
Aprendi com o tempo que uma discussão pode ser bem melhor quando definidos cada termo, por isso, vou separá-los:
Dinheiro: Hoje é a moeda de troca entre as pessoas, você consegue trocar tudo que há preço por dinheiro.
Comprar: Ato de pagar por algo.
Felicidade: Termo usado para descrever uma pessoa feliz.
Os três termos poderiam ser explicados de forma mais complexa, mas a questão da simplicidade e do entendimento são os fatores cruciais na comunicação.
O quanto mais específico e simples é o seu objetivo – a ponto de você conseguir explicar para outra pessoa – mais fácil de você realizá-lo.
Um ponto importante é: O que é felicidade para você?
Vamos supor que seja comprar um carro.
Você lembra-se do último bem material que queria comprar?
Possivelmente sim, possivelmente não.
No entanto, o seu desejo de comprar era o mesmo comparado ao seu desejo de agora (comprar o carro).
Caso antes fosse conseguir comprar um celular de 64 GB (você gosta de espaço, o resto que se dane).
Você conseguiu, parabéns!!
No momento, você está feliz (felicidade!).
Mas, há um porém, após 2 semanas de uso, você já se acostumou e torna-se algo do cotidiano.
Você não consegue nem lembrar-se da sua felicidade de adquiri-lo.
Dois pontos:
“Um dos inimigos da felicidade é a adaptação” – Dr. Thomas Gilovich
Nesse caso, você está na 2º/3º posição da pirâmide de Maslow.
Mas agora, eu quero que você lembre-se de algo que, de vez em quando, lhe dá nostalgia (momento que aconteceu no passado e você gostaria de viver novamente – para mim é isso rsrsrs).
Não continue lendo, pense.
Onde está a felicidade?
Você teve uma sensação boa, uma emoção de “preciso fazer de novo”, provavelmente.
A verdadeira felicidade está nas experiências, nos momentos em que você diverte-se com as outras pessoas, conversa sobre um assunto que você gosta e/ou de algo para você melhorar…
Quanto custa uma experiência?
Não sei, esses dias joguei bola e paguei 5 reais.
Outro dia fui visitar uma pessoa, conversamos e tomamos chimarrão, não custo nada.
Também já viajei para outro lugar, um pouco distante da minha região, o preço foi um pouco mais alto.
Mas independente da experiência, essa lhe custará TEMPO.
O que você está fazendo com o seu tempo?
Buscando conhecimento, dispersando o nas redes sociais, falando sobre os outros, falando mal do Governo…
…espero que o único lugar que você esteja investindo o seu tempo é no primeiro item entre os da “lista” (conhecimento).
E, eu poderia terminar por aqui, mas a O Ensinamento da Escola Não Me Deixa.
Na escola, aplicamos o conceito da pedagogia, o que está totalmente errado na vida adulta.
X professora pede para você ler y livro sobre romance, mas você está pouco se fu****** para isso, sabe que em algum lugar você encontrará alguém para te completar.
Você está interessado em negócios, grana… e, tá tudo bem, o seu tempo é ilimitado né…leia o livro de romance.
NÃO.
Na vida real, aplique andragologia. No nosso exemplo, você lerá livros sobre negócio, grana…
Conceitos:
Pedagogia: Conhecimento no centro.
Andragologia: Você no centro.
O nosso TEMPO é limitado e igual para todos.
O Dinheiro Pode Comprar Tempo?
Definitivamente Não, não há como você comprar 1 hora, boom, agora tenho 25 horas.
Mas pense, você trabalha por que você quer ou por obrigação?
Novamente a Escola errou, ela nos ensinou a pensar:
“O que eu vou fazer para ganhar dinheiro?”
Ao invés de:
“O que eu posso fazer para o Dinheiro trabalhar para mim?”
O normal é uma pessoa trabalhar 8 horas, de manhã e de tarde.
Chega em casa “cansada” e assiste novela (pouco exercício mental).
Pense em um domingo, quantas experiências você já teve na parte da manhã/tarde.
Agora, pense em uma vida onde o seu dinheiro trabalhasse para você.
Você poder fazer nada.
Fácil falar, mas há um preço a pagar.
Estou escrevendo esse artigo às 23 horas de um domingo (2º do dia, para falar a verdade).
O maior inimigo não é quem você culpa, mas sim o seu cérebro, que você auto afirma as desculpinhas.
Quem é bom em desculpas, não é bom em mais nada.
Dinheiro gera dinheiro. Diminua o seu padrão de vida e estude (já que não foi ensinado na escola) sobre Educação Financeira, para algum dia conseguir a Liberdade Financeira.